Confira a matéria com o Dr. Marco Antonio Kroeff, sobre Cirurgia corretiva de visão, na coluna Viva Melhor do Jornal Zero Hora.

Confira a matéria com o Dr. Marco Antonio Kroeff, sobre Cirurgia corretiva de visão, na coluna Viva Melhor do Jornal Zero Hora.
O oftalmologista Marco Antonio Kroeff dá dicas de saúde ocular no programa Vida e Saúde da RBS TV – clique no link a seguir e assista:
Tenho visto muitos pacientes que foram submetidos a cirugia refrativa, que ficaram com grau residual ou que tiveram aumento do grau após algum tempo, com dúvidas sobre a possibilidade de reoperação. A reoperação é uma possibilidade, mas deve obedecer alguns critérios.
Em primeiro lugar a córnea deve possuir espessura suficiente para que se possa fazer nova correção. Ao corrigirmos o grau com o excimer laser, afinamos a córnea. Quanto maior o grau, maior o afinamento. Existe um limite de espessura que não deve ser ultrapassado para que se mantenha a biomecânica natural da córnea. Portanto, para uma reoperação precisa-se avaliar a espessura da córnea operada e o novo grau a ser corrigido para verificarmos a possibilidade de nova correção.
Deve-se considerar a técnica com a qual foi realizada a primeira cirurgia. Se a técnica utilizada foi o LASIK, pode-se apenas levantar o flap feito na primeira cirurgia e fazer a nova aplicação do laser sem necessidade de novo corte. Eventualmente, caso a cirurgia seja muito antiga, o cirurgião pode considerar a possibilidade de fazer novo flap. É importante lembrar que os flaps para o LASIK podem atualmente ser feitos com o Femto Second Laser, sem necessidade de corte com lâmina. Caso a técnica da primeira cirurgia tenha sido o PRK, onde não é feito o flap e o laser é aplicado diretamente na superfície da córnea, deve-se, ao reoperar, observar que estes casos tem maior tendência a fazer um tipo de cicatrização chamado HAZE, em que a transparência da córnea pode ser afetada. Nestes casos, em reoperações após PRK, deve-se utilizar uma substância chamada mitimicina durante a cirurgia para evitar a formação do haze.
A reoperação refrativa é uma possibilidade e normalmente apresenta excelentes resultados. Mas, para isso, é preciso uma avaliação pré operatória tão ou mais criteriosa do que a realizada na primeira cirurgia.
Dr Marco Antonio Kroeff
Existem inúmeros foruns de discussão sobre Ceratocone na Internet e neles tenho visto muita confusão sobre os tratamentos e quando estão indicados. Gostaria de esclarecer algumas coisas sobre isso:
1. A córnea é uma lente responsável por mais ou menos 75% do poder refrativo do olho, ou seja, pelo foco das imagens que enxergamos! O Ceratocone é uma doença que deforma progressivamente a córnea. Quanto maior a deformação, pior a qualidade da imagem que é projetada na retina – que é a tela onde as imagens são projetadas e percebidas pelo cérebro.
O ceratocone pode ser definido como uma deformação coniforme da córnea, que provoca a percepção de imagens distorcidas. É uma condição na qual o estroma corneano apresenta baixa rigidez, tornando-se mais elástico e fino.
É muito comum vermos pacientes com Ceratocone confusos em relação a esta doença e aos seus tratamentos. O oftalmologista geral muitas vezes não consegue tranquilizar o paciente em relação a qual é a melhor opção de tratamento para seu caso.
Oque é catarata?
A catarata é uma doença caracterizada pela opacificação progressiva do cristalino. O cristalino é uma lente natural do olho, situada atrás da iris. Sua função é projetar uma imagem nítida na retina que é a “tela” onde as imagens são formadas e transmitidas ao cérebro. Com a perda progressiva da transparência do cristalino, impedindo que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina, a pessoa inicialmente percebe uma visão embassada. Com a evolução do quadro, que leva à opacificação total do cristalino, a pessoa acometida pode enxergar apenas vultos.